terça-feira, 5 de outubro de 2010

Borboletas

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Malditas borboletas,
Que preenchem meu estômago,
Desconcertam meus sentidos,
Me fazem agir como idiota.

Vocês, ingratas, se rebelam contra mim
Agem a favor dele
Me fazendo ceder tão facilmente.

Malditas borboletas,
Que, batendo suas asas,
Me fazem flutuar em direção a ele
Tão lentamente.

Vocês voam,
Através de meus lábios
Levando com vocês,
As tão temidas 3 palavras.

Foto: Butterflies by Breathless-ritsuka
Local: Russia
Site: http://breathless-ritsuka.deviantart.com/

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Claustrofobia

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 Posso sentir as paredes mais próximas. O silêncio é sufocante, minha respiração está cada vez mais pesada. E o ar parece se esgotar cada vez mais. A luz se foi, deixando esse local mais escuro. Odeio a escuridão, odeio o silêncio... Mas odeio mais ainda a saudade em meu peito.
 Para onde você foi? Saiu sem avisar, deixando o vazio aumentando. Por que você se foi? Tudo estava perfeito. Mas isso nunca foi o suficiente para você... 
 Você sempre precisou ser livre,  e eu sabia que nunca conseguiria te segurar. Mas o que você fez foi cruel e desleal. Como você pode me tirar o ar?
 Pois você era meu ar, minha razão de viver. Eu te amo e nunca pedi que você me amasse em troca. Apenas a sua presença era suficiente. O seu cheiro no ambiente, o som de sua voz.
 Mas agora você se foi, e me deixou aqui, sozinha, nesse lugar que fica mais assustador a cada momento. É horrível, é claustrofóbico.
 O silêncio é assustador. Pois é irreal, anormal. Pois sempre que as bocas se calavam, podia ouvir nossos corações batendo, sua respiração calma. O silêncio é o som da morte, pois não creio que realmente esteja viva agora que você se foi. Você era minha vida.
 E agora aqui estou eu, com essa claustrofobia acabando com meu ser. Ou talvez eu nem possa chamar isso que sinto de claustrofobia. Pois uma é o medo de lugares apertados. No meu caso, há espaço demais. Espaço demais em meu peito, onde antes estava você. Agora, só há o vazio.
 E eu não por quanto tempo mais irei suportar...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Loucura

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Você é um vício
Suprido pouco a pouco.
Você faz a adrenalina corroer minhas veias,
Me deixando cada vez mais louco.

Mas é uma loucura saudável,
Ou ao menos assim me parece.
Mas, quem sou eu para dizer isso?
Afinal, eu sou o insano.

Sim, sou insano.
Maluco, louco
Tudo pelo seu gosto, pelo seu cheiro,
Pelo seu abraço e pelo seu beijo.

Então, me chame de louco varrido,
Maluco beleza, pois é verdade.
E é só por você,
Que eu perco a minha sanidade.




Angústia Suprema

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 Qual é o pior tipo de dor? Se é que existe um tipo que seja pior que os outros... Mas na minha opinião, o pior tipo de dor, é a dor dos outros... Ela fere mais intensamente em nós, pois não sabemos dizer quão intensa ela realmente é naquele que verdadeiramente a sente.
 Ela nos enlouquece, pois nos vemos frente-a-frente a um problema que não podemos resolver, a um destino que não podemos mudar. Ela faz com que lágrimas sejam derramadas sem cessar, ao lembrar do rosto de dor, de angústia ou até mesmo de falsa indifereça. 
 É ela que tira nossas noites de sono, incha nossos olhos pelas lágrimas derramadas e destrói todo o esforço de duas semanas sem roer as unhas...
 Mas, será que a dor e a angústia justificam a crueldade? Cada vez que pareço encontrar a resposta, mudo de ideia rapidamente. Cada vez que lembro do rosto de dor de ambos, mudo de ideia.
 A cada vez que tento me distrair com algo diferente, sei que a ferida ainda está aberta e voltará a doer em breve.
 Mas então, o que devo fazer? Tentar me acalmar por agora? Tentar ajudar aquele que realmente sofre? Talvez, ambas as alternativas... Mas como fazer isso, quando a dor dentro de mim ainda insiste em me atormentar...



 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amor Suicida

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O seu amor
É como um cigarro:
Um vício que parece acalmar nos momentos turbulentos
Mas que acaba conosco lentamente.

É como o fogo:
Quente e aconchegante
Mas que quanto mais próximos estamos dele,
Mais fácil nos queimamos

É como o sol,
Iluminando o meu dia
Mas se eu apreciar sua beleza por muito tempo
Ficarei um tempo sem ver claramente

Mas a verdade é que
Eu já estou acabando comigo lentamente,
Não tenho medo de me queimar
E amor de verdade, é amor cego.

Talvez nosso amor seja suicida,
Como a beira de um penhasco
Do qual eu me jogo,
Você só tem que dizer as 3 palavras mágicas.
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Foto: To write love in her arms
By: keytaro